A redação do Barão de Inohan tem recebido várias denúncias de moradores de Inoã, em especial da Chácara de Inoã (região do Beira Rio), informando que a coleta de lixo no local é totalmente irregular e os moradores convivem com animais mortos, ratos, baratas e segundo estes moradores, até mesmo escorpiões.
Conversando com diversas pessoas, ficamos sabendo do ex-assessor parlamentar, Amarilson de Souza Barbosa, grande líder comunitário de Inoã (local onde reside) e que há mais de uma década sempre lutou em benefício dos moradores de Maricá, principalmente na questão da saúde, que além da coleta ser irregular é inadequada. Segundo Amarilson, na região a coleta está sendo feita com carroça puxada por cavalo e o lixo é colocado in natura na beira do rio que corta o Risca Faca, caracterizando um grande crime ambiental.
Para comprovar suas informações e consolidar as diversas denúncias recebidas pelo Barão de Inohan, Amarilson nos enviou algumas fotos e estarrecidos com a situação caótica, fomos ao local e fizemos novas fotos, pedindo IMEDIATA INTERENÇÃO da Prefeitura, da empresa responsável pela coleta de lixo em Maricá - THALIS - e das Secretária de Meio Ambiente e de Segurança na divisão Ambiental para que juntos resolvam os problemas dos moradores dessa região tão carente e esquecida pela atual gestão pública.
Andando pela região pobre e esquecida, a reportagem do Barão de Inohan pode constatar e verdadeiro estado de abandono em que se encontra a região, mas podemos observar também, que apesar do abandono, muitas casas possuem placas de campanha eleitoral do partido que está no poder. Moradores que pediram para não se identificar e que não fizéssemos fotografias deles e de suas casas com medo de represálias, disseram que recebem sim ajuda para manter placas no local, denúncias essas que já chegaram ao TRE de Maricá e não são exclusivas da região, e muito menos apenas de um partido, tornando-se para nossa indignação, uma grande moeda de troca pela população.
Andando pelas ruas esburacadas e sem nenhum tipo de saneamento, vimos que algumas casas que possuem fossas e sumidouros, despejam diretamente no rio, aumentando a poluição e o mal cheiro.
Servindo como um verdadeiro cartão postal as avessas, na cabeceira da ponta da Beira Rio, na Estrada de Itaipuaçu, também podemos registrar uma quantidade enorme de lixo.
A quantidade de ratos e ratazanas impressiona a luz do dia. À noite, a situação fica insuportável, com relatos de roedores invadindo as residências e comércios da região.
Baratas, moscas e até mesmo escorpiões são comuns no local. A vigilância sanitária não é vista na região e nenhuma ação da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente acontece no bairro, um dos mais carentes de Maricá.
Para Amarilson, que nos acompanhou na visita ao bairro, ele disse que recebe queixas constantes de moradores da região e que uma solução paliativa para o problema do lixo, seria construir caixas coletoras como existem na Barra de Maricá para pelo menos o lixo ficar depositado no local, até a coleta pela prestadora do serviço.
“Não resolveria, pois o ideal seria a coleta diária, mas sabemos que ainda estamos bem longe disso, mas o que não pode é o lixo apodrecendo, contaminando mais ainda a água do nosso pobre rio e a proliferação de insetos e roedores, que trazem muitas doenças principalmente para nossas crianças” concluiu com tristeza Amarilson.
“As ruas da região”, continuou Amarilson, “estão em estado de calamidade. Vocês estão podendo constatar como elas estão, e não temos chuvas intensas há mais de dois meses. Imaginem então como fica isso aqui em período de chuva, isso sem falar da ponte onde volta e meia cai um ciclista e crianças, sem contar que a ponte está também prestes a cair”, sentenciou Amarilson.
Amarilson fica triste ao ver o bairro onde mora estar na situação atual, sem receber atenção, recursos, limpeza.
Em suas andanças, a serviço do povo da região, Amarilson se depara com situações alarmantes. “Sempre ajudei a população como assessor parlamentar, principalmente na área de saúde, mas fico estarrecido com a situação geral em que estamos vivendo. O descaso é total. Mas isso é culpa de uma Câmara de Vereadores omissa. Temos que mudar esse quadro por completo”, finaliza Amarilson.