CULTURARTEEN 243 - março de 2022
CULTURARTEEN 243 - março de 2022
Ao longo da vida, o premiado fotojornalista fez cliques de presidentes da República e dos bastidores do poder, bem como da economia e de eventos pelos mais de 60 países por onde passou
Um dos mais conhecidos e premiados fotógrafos brasileiros, com atuação de destaque na área da política o profissional, ao longo da vida, fez cliques de presidentes da República e dos bastidores do poder, bem como da economia e de eventos pelos mais de 60 países por onde passou, fazendo coberturas presidenciais, papais e esportivas, como Copas do Mundo e Jogos Olímpicos. A obra dele é conhecida como um olhar crítico da história recente do Brasil, registrando presidentes e personalidades políticas desde o período da ditadura militar.
Mineiro, nascido em 8 de fevereiro de 1950 em Janaúba, veio com a família para Brasília na época da inauguração da cidade na qual morou e trabalhou até o fim da vida. Autodidata, teve começo precoce na profissão, iniciando como laboratorista da sucursal do jornal carioca Última Hora, aos 14 anos de idade, para o qual passou a fotografar dois anos mais tarde.
Entre os outros veículos por onde passou, estão o jornal O Globo, onde se firmou profissionalmente, trabalhando lá entre 1968 e 1982. O reconhecimento maior do trabalho dele veio depois, quando foi para a revista Veja, periódico no qual atuou por 16 anos e foi editor de fotografia, em São Paulo. Nos anos 1990, retorna a Brasília, onde foi chefe do escritório local da revista Caras. Depois, retorna a trabalhar para a Veja, dessa vez como repórter fotográfico. Somando todo o período que trabalhou para a revista, Orlando Brito emplacou o impressionante número de 113 capas. No Jornal do Brasil, teve uma breve passagem no fim da década de 1980.
Recentemente, dirigia sua própria agência de notícias, a ObritoNews e ministrava cursos, workshops para grupos em empresas e aulas em universidades, faculdades e escolas de comunicação e jornalismo.
Prêmios e publicações
Ao longo da sua carreira, Orlando recebeu prêmios importantes no fotojornalismo, entre eles o World Press Photo Prize, concedido pelo Museu Van Gogh, na Holanda, em 1979. Foi laureado 11 vezes pelo Prêmio Abril de Fotografia, do qual foi considerado hors-concours da premiação, termo em francês relativo a uma pessoa que não pode mais participar de um competição. Recebeu a distinta Bolsa de Fotografia da Fundação Vitae, de São Paulo, em 1991, e prêmios de Aquisição da I Bienal de Fotografia do Museu de Arte de São Paulo (MASP) e da Bienal Internacional de Fotografia de Curitiba.
Corpo e alma é seu mais recente livro, lançado em dezembro de 2006. Além dele, o fotógrafo Orlando Brito lançou quatro outros livros de fotografia, intitulados Perfil do poder (1982), Senhoras e senhores (1992), Poder, glória e solidão (2002) e Iluminada capital (2003) e está presente em mais de 30 outras publicações coletivos.
Fotografias suas podem ser encontradas em acervos de colecionadores institucionais e privados como o Museu Georges Pompidou, de Paris (França), Coleção Pirelli, do Masp, o Museu de Arte Moderna (MAN), no Rio de Janeiro, Instituto Moreira Salles e a Enciclopédia de Artes Visuais do Instituto Cultural Itaú.
Londres, Nova Iorque, Paris, Tóquio, Madri, Lisboa, Basiléia e Buenos Aires são algumas das cidades mundo afora que puderam prestigiar sua obra em exposição.
Vai com Deus MESTRE!!!