sexta-feira, 9 de julho de 2021

LOUCO: Bolsonaro chama presidente do TSE de 'imbecil' e volta a ameaçar com golpe em 2022

 Bolsonaro volta a ameaçar dizendo que pode não haver eleição em 2022


Em desvantagem em pesquisas, o presidente Jair Bolsonaro voltou a colocar em dúvida a segurança das eleições nesta sexta-feira, novamente sem apresentar provas. Bolsonaro repetiu que há a chance de não serem realizadas eleições em 2022 e chamou de "idiota" e "imbecil" o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.

— Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa a quem ganhar. No voto auditável. Nessa forma, corremos o risco de não termos eleição no ano que vem. Porque é o futuro de vocês que está em jogo — disse Bolsonaro, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada deixando claro que pode dar um golpe para evitar que "outro" assuma em seu lugar.

Uma pesquisa do Datafolha divulgada na quinta-feira mostrou que rejeição a Bolsonaro atingiu 51%, maior taxa desde início do governo. No mês passado, um levantamento do Ipec apresentou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderando a disputa eleitoral do próximo ano.

De acordo com o presidente, os institutos de pesquisas participariam de uma fraude ao lado do TSE para beneficar Lula:

— Daí vem os institutos de pesquisas, fraudados também, botando ali o nove dedos lá em cima. Para que? Para ser confirmado o voto fraudado no TSE — disse, acrescentando depois: — Já está certo quem vai ser presidente no ano que vem. A gente vai deixar entregar isso?

Bolsonaro defende que é preciso imprimir um registro do voto, após a votação na urna eletrônica. Ele, contudo, nunca de nunca ter apresentado nenhuma prova de fraude no modelo atual.

O presidente também atacou Barroso, dizendo que os argumentos dele contra a proposta de voto impresso são de um "imbecil" e "idiota":

— É uma resposta de um imbecil. Eu lamento falar isso de uma autoridade do Supremo Tribunal Federal. Só um idiota para fazer isso aí.

Bolsonaro também voltou a dizer, sem provas, que houve irregularidade nas eleições de 2014, quando Dilma Rousseff (PT) venceu Aécio Neves (PSDB), e disse que "a fraude está no TSE". De acordo com Bolsonaro, a evolução dos votos, minuto a minuto, não permitiria a vitória de Dilma.

— Em 2014 se mostrou a apuração minuto a minuto. Obviamente vocês não tiveram acesso. E minuto a minuto, no segundo turno, Aécio Neves, começou o Aécio Neves lá em cima e a Dilma lá embaixo. Com o tempo, essas curvas foram se cruzando até que se estabilizaram na horizontal com a Dilma na frente — disse. — Depois que as curvas se tocaram, ou momentos antes das curvas se tocarem, era Dilma ganhou, Aécio ganhou, Dilma ganhou, Aécio ganhou. Por 271 (mil) vezes. É você jogar uma moeda 217 (mil) vezes para cima e dar cara, coroa, cara, coroa, cara, coroa.

Para Bolsonaro, isso significa que houve "fraude" e "roubalheira". Em 2014, depois das eleições presidenciais, o PSDB pediu uma auditoria no sistema de votação, alegando falta de transparência. A auditoria foi realizada, mas não foram encontradas irregularidades.