terça-feira, 28 de julho de 2020

NOVOS SURTOS DE COVID NA ÁSIA ACENDE SINAL DE ALERTA

Países asiáticos retomam medidas de isolamento após novos surtos de Covid-19


Com aumento de casos do novo coronavírus, vários países do continente asiático voltaram a adotar medidas de isolamentos e outros limites à circulação de pessoas nos últimos dias. Em Hong Kong, pelo sexto dia consecutivo, foram registradas mais de 100 novas infecções pela Covid-19, com um recorde de 145 novos casos em um dia, registrado ontem.

No Vietnã, 80 mil pessoas, a maioria turistas locais, estão sendo retiradas da cidade central de Danang, depois que três moradores tiveram testes positivos para o coronavírus no fim de semana — nos primeiros casos registrados no país desde abril — e mais 11 casos foram relatados ontem. No Japão, o ministro da Economia fez um apelo aos líderes empresariais para intensificarem as medidas de combate à propagação da doença, como turnos escalonados e pelo menos 70% de trabalho remoto, meta alcançada durante um estado de emergência anterior.

Multa

As medidas mais severas foram anunciadas em Hong Kong, onde autoridades decretaram ontem o uso obrigatório de máscara em locais públicos, além de proibirem reuniões de mais de duas pessoas e ordenarem o fechamento de restaurantes, que podem funcionar apenas para entrega. Também foram fechados centros esportivos e de recreação e piscinas públicas.

As novas medidas de isolamento, que entram em vigor a partir de quarta-feira, terão duração de pelo menos sete dias. Quem desrespeitar as regras, pagará uma multa equivalente a R$ 3,3 mil. Apenas crianças e pessoas com doenças graves estão isentas.

— A situação é muito preocupante — disse o vice-chefe do Executivo, Matthew Cheung, acrescentando que o atual surto é o mais grave que a cidade já sofreu. — Sacrifiquem a convivência no curto prazo para ter saúde a longo prazo.

Desde o final de janeiro, mais de 2.700 pessoas foram infectadas na cidade e 18 morreram.

No Japão, a meta é aumentar o trabalho remoto.

— A certa altura, o número de trabalhadores remotos foi de 80%, mas agora são apenas cerca de 30% da população — disse o ministro da Economia, Yasutoshi Nishimura no domingo. — Nós realmente não queremos voltar atrás, por isso temos que explorar novas maneiras de trabalhar e manter o teletrabalho alto.

Na China, o maior número de novos casos em quase cinco meses foi registrado no domingo. Segundo a Comissão Nacional de Saúde, foram contabilizados 61 contágios em 24 horas, sendo 57 de transmissão comunitária e quatro importados. O foco do novo surto está na capital de Xinjiang, Urumqi, que registrou 41 novos infectados, e onde as autoridades lançaram, no fim de semana, um segundo programa de testagem em massa.